Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus)
A espécie de mico-leão mais distante do litoral, o mico-leão-preto vive na Mata Atlântica do interior do estado de São Paulo. Atualmente, suas maiores populações estão localizadas na região do Pontal de Paranapanema, protegida pelo Parque Estadual Morro do Diabo, um remanescente de 34 mil hectares que abriga mais de 80% dos micos-pretos conhecidos. A maior ameaça ao mico-preto é a fragmentação do seu habitat e as consequências do isolamento da espécie: baixa variabilidade genética e maior suscetibilidade a desequilíbrios ecológicos. A espécie é considerada Em Perigo de extinção.
Mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas)
O mico-leão-da-cara-dourada é conhecido como mico baiano, porque sua área de ocorrência está concentrada principalmente no sul da Bahia. Há registros do mico-leão-da-cara-dourada no norte de Minas Gerais, mas a espécie é considerada localmente extinta na região. Na Bahia, o mico se adaptou para sobreviver em ambientes modificados, como as cabrucas, plantios agroflorestais de cacau comuns na região. Apesar de ser considerada a espécie mais abundante de mico-leão, o mico baiano tem sofrido nos últimos anos com o declínio populacional causado pela perda e fragmentação de habitat diante do avanço da agricultura, pecuária e assentamentos rurais, principalmente na porção oeste do seu habitat, na divisa com Minas Gerais. O mico-leão-da-cara-dourada é considerado Em Perigo de Extinção.
Mico-leão-da-cara preta (Leontopithecus caissara)
Também conhecido como mico-leão caiçara porque ocorre na região litorânea e em áreas de restinga, na divisa entre Paraná e São Paulo. Diferente dos outros micos, o habitat do cara-preta está dentro do maior contínuo preservado de Mata Atlântica do Brasil. Ainda assim, é o mico-leão com menor distribuição geográfica conhecida. O mico caiçara foi a última espécie de mico-leão a ser descoberta, em 1990, e é a menos estudada até hoje. Uma das principais ameaças da espécie é o isolamento das populações, que foram separadas pela abertura do canal artificial do Varadouro, que conecta Paraná e São Paulo por via fluvial. A espécie é considerada Criticamente Ameaçada de extinção.