A
Espécie
A Espécie
Chamado de sauí-piranga pelos indígenas que significa “mico vermelho”, o primeiro registro documento do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) data de 1519, pelo aventureiro Antonio Pigafetta, cronista da histórica expedição do português Fernão de Magalhães, que fez a primeira circum-navegação do planeta. O primeiro registro formal para ciência da espécie, entretanto, ocorreu apenas em 1766.
Apesar da sua distribuição original se estender até o litoral do estado do Rio de Janeiro, como relatam pesquisadores ao longo dos séculos XVI e XVII, atualmente o mico-leão-dourado ocorre no interior do estado do Rio de Janeiro, na bacia do rio São João, nos municípios de Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Araruama, Rio das Ostras, Cabo Frio e Macaé.
Quase extinto nos anos 1970, quando foi reduzido a uma população de apenas 200 indivíduos, o mico hoje é o protagonista de uma história de sucesso mundial de conservação da biodiversidade, que desde 1992 é coordenada pela Associação Mico Leão Dourado (AMLD). Atualmente, a espécie é classificada como Em Perigo de extinção. No último censo realizado pela AMLD, divulgado em 2023, a população na natureza foi estimada em 4.800 indivíduos.